terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

USO E MANUTENÇÃO DOS PNEUS

USO E MANUTENÇÃO DOS PNEUS
Você conhece o seu pneu?

Para conseguirmos um melhor desempenho, durabilidade e até mesmo economia de combustíveis, devemos estar sempre atento aos pneus do carro.
Devemos ainda salientar que o mau uso do pneu e muitas vezes, com pneus excessivamente desgastados (pneu careca) e descalibrados, são causadores de muitos acidentes e mortes.

COMO ENTENDER O PNEU.
Primeiramente vamos começar a ler o pneu, na lateral existem algumas inscrições que a maioria das pessoas sequer percebe. Há também diversas inscrições que explicam Mas vamos lá.
175/70 R 13Esse é o tipo mais comum de pneu, a primeira numeração “175”, refere-se a largura máxima do pneu montado e cheio. O segundo numeral “70” representa a série do pneu, a altura do flanco corresponde a 70% do pneu. A letra “R”, significa que o pneu é radial, e a última numeração 13 refere-se ao diâmetro de apoio, corresponde ao da roda em polegadas.  Entendeu? Não? Então vamos a uma explicação mais detalhada.

Vejamos esta situação:
Essa é a inscrição do pneu:  175/70R13 82T ou 5.60-13 (É apenas para exemplificação, pode ser 205/55 R16 91W) a numeração e a sequencia é utilizada para todos os tipos de pneus).
175 – 5.60É a largura dos pneus em milímetros ou polegadas.
70 Indica a série do pneu. Série é o perfil do pneu, ou seja, a relação percentual entre a altura e a largura da seção do pneu.
Vejamos: Para entendermos melhor, a série (altura) corresponde a 70% da largura (neste caso 175 mm). Quanto menor for esse número (60, 50, 45), mais baixo será o perfil do pneu e ele terá a aparência mais larga.
R – Indica que o pneu é de construção Radial. D – Indica que a construção do pneu é diagonal. B – indica que a construção do pneu é diagonal-cintada (A sigla corresponde a palavra Belted em inglês).
13 – Indica o diâmetro em polegadas do aro em que o pneu é montado.
85 – Índice de carga, esse número indica qual a carga o pneu pode suportar. Quanto maior essa numeração, maior o volume de carga aguenta o pneu. (Veja Tabela abaixo explicando sobre a equivalência entre as numerações e seu valor em Kg.)
T – A letra que vem na sequencia do número de carga refere-se à velocidade máxima que o pneu pode suportar. Ou seja, sem colocar em risco a vida do ocupante dos veículos e de terceiras pessoas. Nesse caso específico T é compatível com uma velocidade máxima de 190 Km/h. (Veja a tabela abaixo relativo a esses números).

Equivalência Entre O Índice De Carga E A Carga Máxima Determinada Para O Pneu
ÍNDICE DE CARGA
CARGA MÁXIMA (KG)
Descrição: http://www.goodyear.com.br/img/spacer.gif
ÍNDICE DE CARGA
CARGA MÁXIMA (KG)
70
335
97
730
71
345
98
750
72
355
99
775
73
365
100
800
74
375
101
825
75
387
102
850
76
400
103
875
77
412
104
900
78
425
105
925
79
437
106
950
80
450
107
975
81
462
108
1000
82
475
109
1030
83
487
110
1060
84
500
111
1090
85
515
112
1120
86
530
113
1150
87
545
114
1180
88
560
115
1215
89
580
116
1250
90
600
117
1285
91
615
118
1320
92
630
119
1360
93
650
120
1400
94
670
121
1450
95
690
122
1500
96
710


Equivalência Entre O Símbolo De Velocidade E A Velocidade Máxima Correspondente
Símbolo De Velocidade
Velocidade Máxima Km/H
M
130
N
140
P
150
Q
160
R
170
S
180
T
190
U
200
H
210
V
240
W
270
Y
300
Z
ACIMA DE 240

Para entendermos melhor a construção dos pneus, entre radial e convencional (diagonal), vamos fazer a seguinte explicação. O pneu é de construção diagonal os cordonéis das lonas se estendem de talão a talão, formando ângulo com a linha central da banda de rodagem. As lonas subsequentes se cruzam em ângulos opostos.
Já o tipo de construção  radial, os cordonéis da lona se estendem de talão a talão no sentido radial, formando um ângulo reto em relação à linha central da banda de rodagem. Existe ainda a cinta de cordonéis de aço que circunda o pneu, logo abaixo da banda de rodagem (Fonte www.goodyear.com.br).

A CALIBRAGEM IDEAL
Primeiramente, como a maioria dos brasileiros, deixamos de ler o manual do veículo querendo logo mexer nos botões para ver como funciona. Em todo o manual há determinado qual a pressão ideal dos pneus. Em alguns veículos, ou até mesmo caminhonetes, há no batente da porta ou até mesmo na tampa do combustível tal inscrição. Mas quando não há, vamos lá, deixar claro qual a pressão ideal para o seu tipo de pneu.
Devemos ainda lembrar que o pneu deve ser calibrado frio, porque a pressão aumenta com a rodagem.
(Dica) No caso de calibrar os pneus com os mesmos quentes, pode-se aumentar em duas libras para que, quando o mesmo esfriar chegue à calibragem correta.
Primeiramente devemos entender a unidade de medida de pressão (lb/pol e KG/cm²) para quem não se lembra, libra por polegada e quilograma por centímetro quadrado.
Devemos salientar que sempre dizem para consultar o manual do proprietário, é que a calibragem dos pneus devem obedecer o critério de peso do veículo, combinado com o aro e o tipo de pneu utilizado, por isso, não podemos fornecer uma tabela para cada tipo de pneu exclusivamente.

DESCOBRINDO OS DESGASTES.
- Quando o pneu está desgastando no centro, é sinal de que o pneu está rodando muito cheio, acima da calibragem recomendada pelo fabricante.
- Os desgastes nas bordas do pneu significa que o mesmo está com falta de pressão, ou muito baixo.

DICAS
- Deve-se calibrar os pneus no máximo a cada 15 dias, se possível o faça semanalmente.
- A cada 5.000 km. Fazer o rodízio dos pneus para evitar desgaste excessivo, não esquecer de fazer o balanceamento.
- Observe sempre o pneu, tanto na parte externa como do lado de dentro, verificando o centro também, o pneu estando em má condição, acarretará outros problemas no veículo, como suspensão, desgaste maior inclusive nos freios.
- As vibrações que são sentidas nos volantes acima de determinada velocidade, acontece por falta de balanceamento ou qualquer outro problema que leva o pneu a trabalhar de forma desigual. Além de forçar a perda do pneu, também pode levar a perda do controle do veículo e causar acidentes. Isso é muito perigoso.
- A resolução 558/80 do Contran diz que é proibido a circulação de veículo equipado com pneus cujo desgaste da banda de rodagem tenha atingido os indicadores ou cuja profundidade remanescente da banda de rodagem seja inferior a 1,6 mm .
- Em média, pneus com pressão 30%  menor que a recomendada aumentam o consumo em até 2,5 %. Além disso, 25% descalibrado, o pneu dura até 50% menos.
- Procure manter sempre a mesma medida recomendada pelo fabricante, afinal os engenheiros estudaram muito para proteger e dar maior conforto a você.
- Procure manter um padrão de medida e desenho de seu pneu, não misture radial com convencional, ou com desenhos diferentes, isso faz com que o veículo, não só desgaste mais como também pode causar desequilíbrio para o motorista.
- No caso de trocar apenas dois pneus novos, coloque-os na traseira, pois é ela que dá sustentabilidade para a direção.

Qual a vantagem do pneu radial?

É um tipo de construção que proporciona ao pneu, uma maior flexibilidade na área do costado, enquanto a cinta de cordonéis de aço dá maior rigidez à banda de rodagem. Existe aí uma redução dos movimentos de retração e expansão da banda de rodagem e isso diminui o atrito com o solo e a resistência ao rolamento, dando como resultado, um menor consumo de combustível e uma maior quilometragem.

Qual a vantagem de se usar um pneu sem câmara?

Bem, o pneu sem câmara é mais seguro, porque sua construção é totalmente hermética, pois tem o liner.
O liner torna desnecessária a câmara e com isso, eliminam-se os efeitos de um estouro súbito. No pneu sem câmara pode penetrar um prego, porém por não haver câmara que possa ser furada, o pneu tenderá a reter o prego. Isso evita a perda brusca de ar e o motorista pode continuar a rodar, sem necessidade de parar naquele exato momento do furo.

Com pneu sem câmara, o rodar fica mais macio, em virtude do menor peso e espessura do pneu ao ser eliminada, precisamente, a espessura da câmara. Assim, as paredes do pneu ficam mais flexíveis, absorvendo melhor os impactos provocados pelas irregularidades da estrada.

A montagem de um pneu sem câmara é muito mais rápida e fácil que a de um pneu do tipo com câmara. Esta tarefa deve ser realizada com cuidado, assegurando-se que os talões assentem bem sobre a flange do aro e verificando-se finalmente, se o conjunto está bem vedado, pois, caso contrário, haverá perda de ar.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

ENCHENTES - INDENIZAÇÃO


ENCHENTES – INDENIZAÇÃO.
QUEM, QUANDO E COMO RECEBER DANOS CAUSADOS PELAS ENCHENTES.

Todos os anos a história é a mesma, e todos os anos, promessas e mais promessas são feitas para a solução dos problemas.
Nas eleições, mais promessas.
E quem deveria fazer a história mudar seu curso, não o faz.
Os prejuízos são enormes e de toda a ordem, material ou moral, vejamos:  casas, carros, eletrodomésticos, mantimentos, vestuários, móveis e o mais importante, lesões permanentes, vidas e mais vidas.
Moradores afetados pelas chuvas e proprietários de veículos podem requerer indenização do Estado e do Município para reparar os prejuízos.
QUEM É O RESPONSÁVEL PELOS DANOS CAUSADOS?
O responsável pelos danos causados nas enchentes é o poder público.
Segundo o Código de Defesa do Consumidor
Segundo o Código de Defesa do Consumidor, em seu artigo 22 assim descreve: “Os órgãos públicos, por si ou suas empresas, concessionárias, permissionárias ou sob qualquer outra forma de empreendimento, são obrigados a fornecer serviços adequados, eficientes, seguros e, quanto aos essenciais, contínuos.
Também no mesmo Código de Defesa do Consumidor, em seu artigo 17, diz que “para os efeitos desta seção, equiparam-se aos consumidores todas as vítimas do evento”.
Se o poder  público procedesse corretamente com as limpezas e obras para evitar tais eventos, tais como as enxurradas, alagamentos, enchentes, desmoronamentos, não haveria por certo tantos danos causados à população e risco de vida aos seus moradores e usuários de vias públicas. Assim, o poder público passa a ser o responsável por tais danos, tomando a forma de administração pública, e o poder público tem o dever constitucional dessa administração.
Assim descreve o artigo 37 da Constituição federal:  “Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: Parágrafo 6º: As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
Assim, a administração pública não pode querer comparar tais eventos com qualquer tipo de força maior, uma vez, todos os anos e normalmente nos mesmos lugares ocorrem os mesmos eventos, e sem qualquer atitude do poder público para sanar tais prejuízos.
Até mesmo em locais onde são invadidos, também deveria ter a intervenção pública em não autorizar e promover a remoção de tais famílias, uma vez, toda a cidade estar mapeada e os fiscais serem sabedores das invasões, não tomando as providências cabíveis.
O artigo 30 da Constituição Federal, diz que o Município tem a competência para legislar sobre assuntos de interesse local. Portanto, tanto a câmara dos vereadores e a prefeitura, podem legislar até mesmo sobre a desocupação de referidas áreas e mantê-las, quer seja desocupadas, quer seja em condições de uso para os munícipes.
Podemos até mesmo falar em educação, sendo que deveria constar do “Curriculum” escolar, assuntos como preservação ambiental, entre outros.
Quando pagamos os impostos, tais como IPTU, está embutido entre os serviços a que se destina  a coletas de lixo, limpeza de bueiros, galerias e bocas de lobo.

QUEM PODE SER INDENIZADO?
Todas as pessoas que tiveram seus bens levados pelas enchentes e desmoronamentos, que sofreram prejuízos ou se sentiram prejudicados, pela omissão ou ação praticadas pelo Poder Público, tem direito de requisitar ressarcimentos pelos danos sofridos.
Isto também se aplica aos proprietários de veículos automotores, que tiveram seus veículos levados pela enxurrada, ou mesmo submersos nas enchentes de todo o Brasil.

COMO FAZER PARA PEDIR A INDENIZAÇÃO?
O procedimento é simples, apesar da solução ser demorada, mas vamos lá.
Existem dois tipos de procedimentos para que possa requerer a indenização por danos causados em virtude das enchentes.
A primeira é a via administrativa, a pessoa que se sentiu prejudicada pode se dirigir diretamente à prefeitura e registra o problema e pede indenização. Esse procedimento é o mais rápido e pode levar cerca de quatro meses para saber se será ou não ressarcido. Esse procedimento deve anteceder uma ação judicial e somente com sua negativa deverá a mesma ser acionada.
A segunda, é justamente a via judicial, onde a pessoa prejudicada através de um advogado ou da defensoria pública, aciona judicialmente o órgão público para poder a fim de ter seu objetivo alcançado, ou seja, reaver do Poder Público, o que por causa dele se perdeu.
Temos que salientar que o processo judicial sempre leva tempo para ser solucionado.

DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA.
Devemos salientar que para conseguirmos tal indenização, temos que montar um dossiê detalhado sobre tudo o que se perdeu. Registrar de forma minuciosa principalmente a data e o local de onde ocorreu o evento.
Fotos são importantíssimos para demonstrar o prejuízo causado pelas chuvas, uma vez, poder comprovar tal situação caótica, procure tirar fotos de vários ângulos.
Jornais, revistas e matérias que demonstrem o ocorrido também pode ser usado para esclarecer e determinar que o fato realmente ocorreu.
Notas fiscais de gastos com os danos causados pelas enchentes também, e até mesmo notas fiscais de bens que foram perdidos pelas enchentes também são úteis na hora de se estabelecer o valor da indenização.
Se puder, registre um boletim de ocorrência sobre o fato, preservando seus direitos.
Também é bom fazer alguns orçamentos para comprovar o melhor valor a ser pago.
Se houver, arrole testemunhas sobre o fato, caso haja a necessidade de leva-las em juízo.
Todas as informações necessárias para o sucesso da ação é sempre útil nesses casos.

TRAGÉDIAS ANUNCIADAS.
Tais tragédias como as enchentes causadas em todo o País, vem sendo anunciada a anos, os lugares são praticamente os mesmos e nada é feito para isso. Não cruze os seus braços, os impostos pagos pelos proprietários de veículos é muito grande para sofrermos com tais abusos.
Desde o planejamento de um veículo já há o pagamento de impostos. Bilhões de reais são arrecadados, impostos sobre fretes, combustíveis, peças, serviços, entre outros, todos os dias enchem os cofres públicos, dinheiro este oriundo dos motoristas. Nós merecemos respeito.
“Você não está sozinho nesta estrada...”

Marcos Tomaz
Presidente da APROVA.